De toda a beleza da vida
Escolhi a da folha
Para me despedir
No seu leve cair
Acenei ao luar
Pelo brilho dos dias
E pisquei o olho
Ao céu pelo pitéu
da chuva vadia
Nesse breve momento
Revivi árvore e semente
Desde o cume à raiz
Curiosamente
nada me ocorreu
do que fiz
Dos verdes campos
Às rugas de Outono
Apenas o teu desfolhar
Beijo a beijo
Folha a folha
Respirar
Naquela folha
a palma da tua mão
Aberta. Desperta
Textura de pele
e carícia num espinho
Frágil. Profundo
Folha caída assim me desfaço
E desfaleço neste manto
De Outono que guardei para ti
1 comentário:
O Outono despe-nos sempre...
por dentro! :)
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