Espero até à minha morte conseguir, por vezes, não ser tão burrónico.
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
Mário de Sá-Carneiro
1 comentário:
Não sei se gosto deste poema, ou se, de tanto o ouvir, ele passou a fazer parte das lembranças que não quero esquecer.
É... considero-o uma delícia.
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