Escreveu-a junto a si. No próprio corpo para que nunca se separassem. Foi difícil escolhe-la, entre tantas. E fê-lo com a solenidade litúrgica de algo sagrado, com uma caneta de aparo. Cedo percebeu porém que era impossível ficar por ali. Amava-as a todas. Pelo som, imagem, sabor. Pela força, poder, textura ou quente languidez.
Começou a colecciona-las, uma a uma, lentamente, junto a si.
Na angústia de saber que tal teria um limite, um fim perguntava-se a si própria – será possível apaixonarmo-nos pelas palavras?
Sem comentários:
Enviar um comentário