os meus demónios interiores
falei-lhes com franqueza
dos meus piores temores
Tratei-os com carinho
pus jarra de flores
abri o melhor vinho
trouxe amêndoas e licores
Chamei-os pelo nome
quebrei a etiqueta
matei-lhes a sede e a fome
dei-lhes cabo da dieta
Conheci bem cada um
pus de lado toda a farsa
abri a minha alma
como se fosse um comparsa
E no fim, já bem bebidos
demos abraços fraternos
de copos bem erguidos
brindámos aos infernos
saíram de mansinho
aos primeiros alvores
fizeram-se ao caminho
sem mágoas nem rancores
Adeus, foi um prazer!
disseram a cantar
mantém a mesa posta
porque havemos de voltar
Jorge Palma
1 comentário:
Não conhecia este ...
Genial, como sempre, o nosso Palminha :)
Andrómeda
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