Hoje não me apetece escrever.
As palavras, velhas companheiras, estão roucas, afónicas.
Não dizem nada. Perderam-se, no teu caminho. Não te tocam.
Poderia escrever, música, talvez.
Mas a clave de sol está também encoberta.
Encoberta pelo teu silêncio.
Deixarei apenas um pássaro, pousado na pauta ou nas linhas.
Tanto faz.
Que voe bem alto e cante.
E ao cantar, te solte uma palavra.
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