Jorge Palma
Chama. Uma chama que chama. Acho que é isso.
Invisível, surge ténue, de soslaio, mas logo inflama quente, incendiando em redor.
De chama a labareda, de incêndio a vulcão é fósforo a riscar o meu olhar.
É inutil resistir. Incandescente não há àgua no mundo para a apagar.
O fogo nao pensa. Consome, devora, sem pressa ou razão. Nada o pode deter.
Antes? Depois? São apenas meras testemunhas da sua passagem.
Como controlar um fenómeno, se quando fechas os olhos, estalam cavacas e se dissipa o braseiro da chama, que também chama por mim.
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