12.25.2007

Dias

Há dias em que morremos um pouco. Um pouco mais rápido. Um pouco mais certos na incerteza. Um pouco mais. Dias em que se crava fundo o frio da decepção e se entranha o manto branco do desalento. Onde as forças se afundam e levitam memórias. Percorrendo, em segundos, uma vida que quase não se deu conta passar. Dias onde o relógio invisível se faz notar. Onde se deixa ir na corrente. Algures. Para longe de nós. Dias pálidos. Dias em que morremos. Um pouco mais.


O que me abate verdadeiramente é não conseguir estar à altura para esbater o sofrimento dos que me são mais chegados. Desculpa-me.

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