12.21.2006

A minha sereia

A minha sereia ainda não canta mas encanta como ninguém.
Fala na vóz dos peixes e respira sol no olhar. Suas lágrimas são meu mar, seu sorriso a vela esticada que rasga horizontes. Sua fome é minha sede, suas mãos meu alento. Na sua pele, o calor da areia fina. No seu buzio a paz dos anjos.

Não sei o que pensa a minha sereia, mas sou naufrago, prisioneiro do seu olhar.

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